Apenas 21 dias. Este foi o intervalo de tempo para o jogo Six Days in Fallujah ser revelado ao mundo e ter seu futuro incerto. A Konami, que lançaria o jogo em 2010, cancelou o contrato de distribuição.
A decisão da empresa foi tomada depois da repercussão negativa que o jogo causou entre familiares de ex-combatentes mortos em conflitos na guerra entre Estados Unidos e Iraque. "Após ver a reação nos EUA e ouvir opiniões via telefonemas e e-mails, nós decidimos não vendê-lo", disse o porta-voz da Konami. "Nós pretendíamos transmitir a realidade das batalhas aos jogadores, queríamos que eles sentissem o que era estar lá."
O estúdio desenvolvedor do jogo, Atomic Games, não se manifestou a respeito da decisão da Konami. Também não foi revelado se o jogo é de propriedade da Konami, ou se o estúdio poderia procurar outra empresa para fazer a distribuição.
Six Days in Fallujah tinha lançamento marcado para as plataformas PC, PS3 e X360.
A polêmica da realidade
Em novembro de 2004, durante a invasão dos EUA ao Iraque, a cidade de Fallujah foi uma das primeiras a serem atacadas e a violência dos conflitos gerou milhares de vítimas. Oficialmente, morreram “apenas” 38 soldados dos EUA, enquanto 1,2 mil eram de insurgentes iraquianos. Organizações não-governamentais (ONGs) estimam ainda que houve entre 2 e 3 mil vítimas civis, pessoas que foram assassinadas pelos bombardeios e assaltos das tropas estadunidenses. Um massacre.
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